Iniciativa Brasileira de Nanotecnologia estimula inovação em empresas
21 de agosto de 2013 - 19:03
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) lançou, na segunda-feira (19), a Iniciativa Brasileira de Nanotecnologia (IBN), um conjunto de ações que tem por objetivo criar, integrar e fortalecer as atividades governamentais e os agentes ancorados na nanociência e nanotecnologia, para promover o desenvolvimento científico e tecnológico do setor, com foco na inovação. Segundo o secretário do Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, Alvaro Prata, estão previstos investimentos de aproximadamente R$ 440 milhões em 2013 e 2014.
A IBN visa aproximar a infraestrutura acadêmica e as empresas, fortalecendo os laços entre pesquisa, conhecimento e setor privado. “A iniciativa está alinhada com a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (Encti), de autoria do nosso ministério. O objetivo central da Encti é colocar ciência, tecnologia e inovação como eixo do desenvolvimento do país”, disse o ministro Marco Antonio Raupp.
Raupp ressaltou ainda que o MCTI dedica atenção especial a três áreas consideradas fundamentais para o fortalecimento da base científica brasileira, para o incremento do desenvolvimento tecnológico e para a geração de produtos, serviços e processos inovadores. São elas: tecnologias da informação, biotecnologia e nanotecnologia. O evento foi acompanhado por representantes do setor empresarial, da comunidade acadêmica e de institutos de pesquisas.
SisNano
Durante o lançamento, também foram anunciadas as unidades que irão compor o Sistema de Laboratórios em Nanotecnologias (SisNano), uma das principais ações da Iniciativa Brasileira de Nanotecnologia (IBN).
Os laboratórios terão prioridade nas políticas públicas de apoio à infraestrutura e formação de recursos humanos. Das 50 propostas apresentadas por instituições e universidades de todo o país, 26 foram selecionadas para integrar o sistema.
Uso compartilhado
Instituído pela Portaria 245, de 5 de abril de 2012, o SisNano é composto por unidades especializadas e multiusuárias de laboratórios, direcionadas a PD&I em nanociências e nanotecnologias. O sistema visa mobilizar as empresas instaladas no Brasil e apoiar suas atividades, além de reforçar a infraestrutura existente e universalizar esse acesso à comunidade científica do país.
O SisNano é formado por duas categorias. Os laboratórios estratégicos, ligados ao MCTI e aos órgãos públicos, nas quais 50% do tempo de uso dos equipamentos deverá ser disponibilizado a usuários externos. E os laboratórios associados, localizados em universidades e em institutos de pesquisa, deverão oferecer 15% do tempo a pesquisadores e empresas de fora da instituição.
Os laboratórios terão liberdade na operação do processo, mas as atividades seguirão diretrizes do Comitê Interministerial de Nanotecnologia (CIN). Criado pela portaria 510, de 10 de julho de 2012, o CIN é integrado por representantes dez ministérios e coordenado pelo MCTI. O grupo atua na assessoria de integração da gestão e no aprimoramento das políticas e ações voltadas ao desenvolvimento das nanotecnologias no Brasil.
Com informações da Ascom do MCTI