“TICs são essenciais na evolução do país”, afirma secretário de Política de Informática do MCTI
6 de dezembro de 2013 - 16:57
As Tecnologias da Informação e Comunicação são essenciais na evolução do país. A declaração é do secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Virgílio Almeida, durante palestra sobre o Programa Estratégico de Software e Serviços em TI (Plano TI Maior), na quinta-feira (28), no auditório do Palácio Iracema, em Fortaleza. A palestra foi promovida pela Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap) e contou com a participação de professores e pesquisadores da área.
Para Virgílio, a ligação com outros setores da economia tem sido vencedora, citando como exemplo os R$ 66 bilhões em transações bancárias em 2011; a apuração de 140 milhões de votos em três horas durante as eleições de 2012 e as mais de 25 milhões de declarações de Imposto de Renda Pessoa Física 2013, ano-base 2012, enviadas eletronicamente à Receita Federal.
De acordo com o secretário, o percentual do investimento que o Brasil faz em P&D é da ordem de 1,1% do PIB. “Isso é muito maior, por exemplo, do que os outros países da América Latina, mas menor do que muitos países avançados como Estados Unidos, Inglaterra, França, que investem entre 2% e 3%”, afirmou.
Sobre os investimentos realizados, Virgílio disse que o Brasil está na direção certa. “Nós tivemos na primeira rodada de chamada (do programa Start Up Brasil) 900 propostas de start ups, sendo 216 do exterior. Já é um resultado. Tivemos a segunda rodada agora, 700 propostas submetidas, mais 143 do exterior. O programa de capacitação e despertar vocacional atraiu mais de 100 mil pessoas nos cursos e treinamentos. O edital de subvenção da Finep contratou 88 milhões de subvenção. Então, as coisas estão acontecendo. Os recursos estão sendo aplicados”, declarou.
Lançado em 2012, o Plano TI Maior é baseado em Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, com forte diretriz de integração e articulação de programas, políticas, incentivos, ferramentas, mecanismos de fomento e ações já existentes. O Programa Estratégico tem seu alicerce em cinco eixos: Desenvolvimento econômico e social; Posicionamento internacional; Inovação e Empreendedorismo; Competitividade; e Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação. O secretário afirmou que o objetivo maior do plano é uma indústria de software forte e competitiva. “O Brasil tem que gerar produtos de software se quiser competir no mercado internacional”, disse Virgílio.
Para Joaquim Bento, coordenador do Mestrado e Doutorado em Ciência da Computação da Universidade Federal do Ceará (UFC), foi bom ver iniciativas que o governo está tentando implantar pra estimular o desenvolvimento dessa área no país. “Essa questão da área da TI é estratégica pro país. Todos os países do mundo estão investindo cada vez mais na parte de TI”, disse Bento.
“Ele trouxe um panorama geral que a parte pública está se movimentando, está apresentando caminhos para que as empresas procurem essa parte da inovação e procurem se desenvolver nessa área. Comparou com iniciativas de outros países, que são valores semelhantes. Quer dizer, o Brasil não está fora de uma linha de mercado em termos de valores”, destacou Florêncio Queiroz, pesquisador presente à palestra.