Nova modalidade do Ciência sem Fronteiras terá foco em institutos e empresas

18 de abril de 2013 - 13:47

O programa Ciência sem Fronteiras (CsF) passará a oferecer uma nova modalidade de apoio. A Bolsa de Desenvolvimento Tecnológico no Exterior – dividida nas categorias Júnior (DEJ) e Sênior (DES) – será destinada ao apoio à participação de especialistas e tecnólogos no desenvolvimento de projetos de pesquisa, estudos, treinamentos e capacitação em instituições de excelência no exterior, por meio de estágios e cursos.

A novidade foi apresentada em solenidade, nesta quarta-feira (17), em Brasília, que marcou os 62 anos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), agência de fomento ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Outras três iniciativas foram anunciadas na cerimônia de comemoração: os portais de Estágios & Empregos e de Acompanhamento e a nova parceria entre o Brasil e a França, que permitirá a participação de estudantes brasileiros em cursos de doutorado pleno naquele país.

A nova modalidade é resultado de um trabalho de avaliação desenvolvido pelo CNPq em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), as agências executoras do programa. Para o presidente do CNPq, Glaucius Oliva, essa é mais uma opção a ser disponibilizada pelo governo diante do esforço de estimular a inovação no país.

Oliva lembrou que atualmente o CsF oferece bolsas para graduação sanduíche (para estudantes que estão cursando a universidade), doutorado sanduíche (para quem está fazendo doutorado ou pós-doutorado) e doutorado pleno, além das bolsas de atração de visitantes especiais e jovens talentos para laboratórios de pesquisa.

Foco diferente

A novidade da modalidade de desenvolvimento tecnológico, esclarece Oliva, é o foco, que nesse caso não está nas universidades. A ideia é que os outros dois pilares do sistema de inovação, que são os institutos tecnológicos e as empresas – que têm pessoal envolvido em atividades de pesquisa – possam ser beneficiados em projetos e necessidades específicas.

“É uma modalidade dedicada a profissionais, para que eles possam se fazer uma especialização numa empresa, provedor ou instituição”, explicou. “Dessa forma completamos um ciclo ao preparar pessoas que já estão no mercado”, acrescentou Oliva. Segundo ele, o edital está em fase final de elaboração e deve ser lançado em breve.

Para a categoria Júnior é necessário ter curso superior com atuação em uma das áreas contempladas pelo programa. Já para a Sênior é preciso comprovar, no mínimo, cinco anos de experiência em atividades de pesquisa, desenvolvimento ou inovação ou produção científica e tecnológica de destaque. A bolsa terá duração de 12 meses.

Fonte: Ascom do MCTI