Raupp convoca startups a participar do esforço de inovação

22 de março de 2013 - 19:43

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, lançou, na quinta-feira (21), durante o Congresso Global de Empreendedorismo, no Rio de Janeiro, a segunda fase do programa Start-up Brasil.

Essa etapa é destinada à divulgação do edital do processo seletivo das 100 empresas nascentes de base tecnológica (startups), que serão apoiadas pela chamada pública do projeto. O edital para essa finalidade será publicado no Diário Oficial da União no dia 1º de abril.

“Estou aqui hoje para incentivar os empreendedores a entrarem na área de tecnologia da informação. Essa área é estrategicamente importante para que possamos desenvolver novos negócios para o Brasil. Assim, contamos com a colaboração de vocês na busca de novas políticas de inovações globais”, disse Raupp. “Nós queremos participar desse esforço. Essa ação caracteriza bem a atuação do MCTI como desenvolvimento de uma política de Estado”.

De acordo com o ministro, o governo federal está fazendo parcerias com todos os governos estaduais, independentemente de orientação politica. “Essa é uma determinação da nossa presidenta: parceria com todos os estados e com o setor privado. Esse é o nosso objetivo e nós estamos aqui para somar forças”, acrescentou.

Inscrição

A inscrição das startups deve ser feita a partir de 31 de março, por meio de formulário eletrônico disponível no site do programa. Para acessar o formulário, o interessado deverá procurar a opção “inscrições” e selecionar a opção correspondente para empreendedores nacionais ou estrangeiros.

As empresas selecionadas receberão recursos públicos e privados e terão o apoio de nove aceleradoras, que irão abrigá-las por um período de seis meses a um ano, de maneira que os projetos possam buscar amadurecimento rápido para a adequada inserção no mercado.

Participaram do evento o secretário de Política de Informática do MCTI, Virgilio Almeida; o COO do Start-up Brasil, Felipe Matos; o coordenador do TI Maior, Rafael Moreira; e o fundador da Startup Weekend, Andrew Hyde.

O programa

O programa Start-up Brasil visa fortalecer o ecossistema de startups no país para ampliar a competitividade e estimular o desenvolvimento econômico. Criada pelo MCTI, como parte do Programa Estratégico de Software e Serviços de Tecnologia da Informação (TI Maior), a iniciativa baseia-se em cinco pilares: desenvolvimento econômico e social; posicionamento internacional; inovação e empreendedorismo; produção científica, tecnológica e de inovação; e competitividade.

“O objetivo é fomentar a inovação e o empreendedorismo. Queremos criar pontes, por exemplo, entre os jovens cheios de ideias e as universidades com projetos avançados de tecnologia”, ressaltou Virgilio Almeida. “A intenção é posicionar o Brasil como um player [ator] global de desenvolvimento e oferta de produtos de alto valor agregado. Estamos fazendo um evento dentro de um setor-chave para o Brasil, a economia digital. Em 2012, essa área cresceu 10,8%, enquanto a economia como um todo cresceu, aproximadamente, 1%.”

Felipe Matos destacou que se sente honrado em participar do projeto. “O ecossistema de startups no país tem se desenvolvido. Há três anos, a gente tinha duas aceleradoras operando no Brasil. Hoje, já são quase 30”.

Para Andrew Hyde, o apoio do governo é fundamental. “Essa parceria ajuda no crescimento do ecossistema de startups. Além disso, para alcançar o sucesso, é muito importante que empreendedores realizem encontros e troquem experiências”, avaliou o criador da Startup Weekend.

Aceleradoras

O coordenador do programa TI Maior, Rafael Moreira, mediou um painel com representantes das nove aceleradoras selecionadas na primeira fase do programa: 21212, Aceleratech, Microsoft, Papaya, Pipa, Wayra, Acelera MG, Outsource Brasil e Start You Up. “A nossa intenção é que as startups conheçam e decidam qual aceleradora escolher”, disse Moreira.

A aceleração é o processo, muito rápido, de desenvolvimento de um produto ou serviço direcionado ao mercado, envolvendo o suporte de mentores, capitalistas de risco, pesquisadores universitários, atividades de pesquisa e desenvolvimento, entre outros recursos.

Inova Empresa

Durante o evento, o ministro ressaltou que atualmente há um volume de recursos inusitado para a inovação. “No dia 14 de março, lançamos o plano Inova Empresa, que objetiva tornar as empresas brasileiras mais competitivas no mercado global por meio da inovação tecnológica”.

As linhas de financiamento do Inova Empresa serão executadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Finep, financiadora vinculada ao MCTI.

“Estamos prevendo um investimento na ordem de R$ 32 bilhões nos próximos dois anos [pelo Inova Empresa]. Precisamos recuperar o atraso e fortalecer os projetos já existentes nessa área”, explicou o presidente da agência de fomento, Glauco Arbix.

Fonte: Assessoria de Comunicação do MCTI