Empresa apoiada pela Funcap desenvolve produto para abrandar água salobra

21 de dezembro de 2012 - 14:54

O nome do produto é Acqua Soft e ele resolve o problema de muitas comunidades do Semiárido ao abrandar a salobridade da água. Pó ultrafino, de cor branca, basta ser misturado à água para torná-la livre de dureza. As pesquisas para a criação do produto começaram há 10 anos e o resultado foi uma argila transformada capaz de reter o cálcio e o magnésio da água, componentes responsáveis pela dureza e que podem impossibilitar seu consumo ou danificar equipamentos industriais.

A maior parte das águas subterrâneas do mundo é salobra (0,5 a 30 gramas de sal por litro), e não salina (acima de 35 gramas de sal por litro). “O produto é demandado por diversos públicos, desde o sertanejo, que não tem acesso à água de qualidade, até o industriário, que tem prejuízos com a manutenção de equipamentos caros e com paradas na produção em virtude do problema da dureza corroer ou incrustar a superfície”, afirma a diretora administrativa e financeira da Policlay, Mariana Mota.

Apenas 4 gramas do Acqua Soft colocadas na parte superior de um filtro de barro retira a salobridade de 20 litros de água. Uma embalagem do produto contendo 200 gramas está disponível no mercado por R$ 7,00. Considerando que 20 litros de água mineral custam em média R$ 4,00 no mercado, essa solução deixaria a água própria para consumo a um custo 28 vezes inferior (20 litros por R$ 0,14). “O produto possibilita não só uma economia, mas também o acesso ao abrandamento por pessoas físicas que não conseguem investir em equipamentos caros, tendo em vista que elas podem aplicar o produto em recipientes domésticos”, destaca Mariana.

Policlay

A empresa surgiu do resultado de pesquisas desenvolvidas no Laboratório de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Minerais não Metálicos (LabInova) da Universidade Federal do Ceará (UFC), que desenvolveu alguns produtos à base de argila. O pesquisador responsável é Lindomar Roberto Damasceno da Silva, professor do Departamento de Química Orgânica e Inorgânica da UFC. Com mestrado e doutorado em Química pela Universidade de São Paulo (USP), Lindomar criou a Policlay e a incubou no Nutec.

“Não só o começo da empresa foi complicado, como tem sido até os dias de hoje. O número de sócios da empresa foi diminuindo com o passar do tempo em virtude deles esperarem um retorno imediato e não estarem dispostos a realizar investimentos de tempo e recursos”, afirma a diretora administrativa e financeira.

Em 2012, a empresa contava apenas com o professor Lindomar e sua esposa. O casal, além de não possuir experiência na área de gestão, não dispunha de muitos recursos para realizar investimentos. “Eles dependiam de recursos não reembolsáveis de instituições como a Funcap, Banco do Nordeste e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). São recursos de lenta liberação que, na maioria das vezes, não acompanham o tempo da necessidade da empresa”, declara Mariana.

“Outra dificuldade encontrada é a de adesão ao novo produto, estamos inseridos em um ambiente bastante conservador, onde os empresários não são estimulados a inovar ou experimentar, portanto, criando barreiras para um novo produto”, destaca a diretora.

O Parque Tecnológico da Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará (Nutec – Partec), ligado à Secretaria Estadual da Ciência e Tecnologia, e o Banco do Nordeste (BNB) foram os primeiros a ajudar. O primeiro, incubando a empresa e levando-a ao BNB, que aportou o primeiro recurso da empresa: R$ 80 mil, em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC).

Atualmente, BNB, Nutec, UFC, CNPq, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap) estão apoiando a Policlay.

O Edital Pappe Integração n°10/2010 da Funcap, em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), destinou R$ 399 mil ao projeto “Desenvolvimento e aplicações de zeólitas na dessalinização de águas e na reabilitação de solos improdutivos do semiárido nordestino para o cultivo de girassol (Helianthus annus) destinado à produção de biodiesel”. A empresa continuará incubada no Partec até junho de 2013.

O nome do produto é Acqua Soft e ele resolve o problema de muitas comunidades do Semiárido ao abrandar a salobridade da água. Pó ultrafino, de cor branca, basta ser misturado à água para torná-la livre de dureza. As pesquisas para a criação do produto começaram há 10 anos, e o resultado foi uma argila transformada capaz de reter o cálcio e o magnésio da água, componentes responsáveis pela dureza e que podem impossibilitar seu consumo ou danificar equipamentos industriais.

A maior parte das águas subterrâneas do mundo é salobra (0,5 a 30 gramas de sal por litro), e não salina (acima de 35 gramas de sal por litro). “O produto é demandado por diversos públicos, desde o sertanejo, que não tem acesso à água de qualidade, até o industriário, que tem prejuízos com a manutenção de equipamentos caros e com paradas na produção em virtude do problema da dureza corroer ou incrustar a superfície”, afirma a diretora administrativa e financeira da empresa, Mariana Mota.

Apenas 4 gramas do Aqua Soft colocadas na parte superior de um filtro de barro retira a salobridade de 20 litros de água. Uma embalagem do produto contendo 200 gramas está disponível no mercado

por R$ 7,00. Considerando que 20 litros de água mineral custam em média R$ 4,00 no mercado, essa solução deixaria a água própria para consumo a um custo 28 vezes inferior (20 litros por R$ 0,14). “O produto possibilita não só uma economia, mas também o acesso ao abrandamento por pessoas físicas que não conseguem investir em equipamentos caros, tendo em vista que elas podem aplicar o produto em recipientes domésticos”, destaca Mariana.

Policlay

A empresa surgiu do resultado de pesquisas desenvolvidas no Laboratório de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Minerais não Metálicos (LabInova) da Universidade Federal do Ceará (UFC), que desenvolveu alguns produtos à base de argila. O pesquisador responsável é Lindomar Roberto Damasceno da Silva, professor do Departamento de Química Orgânica e Inorgânica da UFC. Com mestrado e doutorado em Química pela Universidade de São Paulo (USP), Lindomar criou a Policlay e a incubou no Nutec.

“Não só o começo da empresa foi complicado, como tem sido até os dias de hoje. O número de sócios da empresa foi diminuindo com o passar do tempo em virtude deles esperarem um retorno imediato e não estarem dispostos a realizar investimentos de tempo e recursos”, afirma a diretora administrativa e financeira.

Em 2012, a empresa contava apenas com o professor Lindomar e sua esposa. O casal, além de não possuir experiência na área de gestão, não dispunha de muitos recursos para realizar investimentos. “Eles dependiam de recursos não reembolsáveis de instituições como a Funcap, Banco do Nordeste e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). São recursos de lenta

liberação que, na maioria das vezes, não acompanham o tempo da necessidade da empresa”, declara Mariana.

“Outra dificuldade encontrada é a de adesão ao novo produto, estamos inseridos em um ambiente bastante conservador, onde os empresários não são estimulados a inovar ou experimentar, portanto,

criando barreiras para um novo produto”, destaca a diretora.

O Parque Tecnológico da Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará (Nutec – Partec), ligado à Secretaria Estadual da Ciência e Tecnologia, e o Banco do Nordeste (BNB) foram os primeiros a ajudar. O primeiro, incubando a empresa e levando-a ao BNB, que aportou o primeiro

recurso da empresa: R$ 80 mil, em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC).

Atualmente, BNB, Nutec, UFC, CNPq, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap) estão apoiando a Policlay.

O Edital Pappe Integração n° 10/2010 da Funcap, em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), destinou R$ 399 mil ao projeto “Desenvolvimento e aplicações de zeólitas na dessalinização de águas e na reabilitação de solos improdutivos do semiárido nordestino para o cultivo de girassol (Helianthus annus) destinado à produção de biodiesel”. A empresa continuará incubada no Partec até junho de 2013.