Royalties para a educação impulsionam ciência e tecnologia, diz Dilma

6 de dezembro de 2012 - 11:21

Durante a abertura do 7° Encontro Nacional da Indústria (Enai) promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta quarta-feira (5), a presidente Dilma Rousseff explicou que um dos objetivos de destinar os royalties gerados pelo setor petrolífero para a área da educação é gerar conhecimento relacionado ao setor de ciência, tecnologia e inovação. O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, também participou do evento.

Os projetos focados no aperfeiçoamento de professores e na melhoria das condições de ensino dos estudantes foram citados por Dilma como instrumentos de motivação no interesse pelas carreiras científicas e tecnológicas.

Educação em dois períodos não é no contraturno, nem só esporte nem artes”, disse a presidente. “É, no contraturno, com a matemática e o português. Para assegurar que nosso país tenha, no contraturno, matemática, português, ciências e línguas, nós precisamos de recursos. Daí porque nós destinamos o recurso do pré-sal e das concessões novas para a educação. Aí falam assim: ‘Mas vocês não estão destinando para a ciência, tecnologia e inovação.’ Estamos sim. Não tem tecnologia, ciência e inovação sem educação de qualidade neste país.”

Os programas Ciências sem Fronteiras (CsF) e Inovar-Auto foram também mencionados, durante o discurso, como propulsores da mudança de paradigmas dos valores empregados pelo governo federal, que definiu a formação de recursos humanos qualificados e a geração de tecnologia nacional como áreas estratégicas vetoriais para impulsionar a economia nacional.

Estiveram também presentes os ministros do Trabalho e Emprego, Brizola Neto; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel; da Previdência Social, Garibaldi Alves e das Comunicações interino, Cezar Alvarez; o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz; o reitor do Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IF Sul de Minas) e o vice-presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, Sérgio Pedini.

Ciência sem Fronteiras

Segundo a presidenta, é difícil mensurar a dimensão do investimento em educação profissional superior. Citou ainda que definiu o programa de intercâmbio de estudantes como meta de governo porque acredita na valorização da mão de obra brasileira. Para ela,”o Ciência sem Fronteiras tem por objetivo dar a nós uma massa crítica, colocando nossos estudantes em todos os níveis [de aprendizado], expondo eles ao que há de mais avançado nos institutos internacionais.

Dilma destacou a importância da participação do setor industrial em projetos educacionais. “Nada do que nós gastarmos em educação é gasto. Tudo o que nós colocarmos na educação é investimento para o momento presente e poupança para o futuro”. De acordo com as metas iniciais do CsF, 26 mil das 101 mil bolsas destinadas aos estudantes, por meio do programa, serão financiadas pelo setor privado.

Em relação às iniciativas do governo destinadas a impulsionar o crescimento industrial, Dilma citou o lançamento do Plano Brasil Maior, que prevê, entre outras medidas, a adoção de regimes tributários especiais. “Quero destacar aqui o Inovar-Auto. O nosso propósito com esse regime foi claro: nós queremos ampliar a produção, estimular o investimento em tecnologia e inovação no Brasil. O Brasil não é plataforma de exportação e nem de importação”.

Ela reiterou que essas medidas já estão dando resultado e destacou a importância da implantação, tanto por parte das empresas que já operam no Brasil, como aquelas que acabam de chegar, de partes expressivas da produção e da área de pesquisa e inovação para a atividade econômica.

Fonte:Assessoria de Comunicação do MCTI