Kits da ‘Coleção Didática Fósseis do Araripe’ nas escolas públicas do Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha

26 de março de 2012 - 14:26

26/03/2012

No final de 2009, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) lançou, no Ceará, a Coleção Didática Fósseis do Araripe. A iniciativa tinha como objetivo fortalecer o combate ao tráfico de fósseis na Bacia do Araripe através de um trabalho de educação e conscientização nas escolas do Ensino Fundamental da região do Cariri. Trinta cidades receberam uma coleção de fósseis cedida pela instituição para servir como instrumento educativo nas salas de aula.

Os kits contêm exemplares fósseis comuns na região, oriundos da apreensão de material coletado sem autorização ou do resgate feito durante atividades de mineração, além de um folheto colorido explicando alocalização da Bacia do Araripe, a deriva e os movimentos horizontais entre continentes, informações elementares sobre paleontologia e um quadro com a escala do tempo geológico.

Visando investigar de que forma esse material estava sendo utilizado pelas escolas, a pesquisadora Daniela Márcia Medina Pereira elaborou, como trabalho de conclusão do Curso de Especialização em Paleontologia e Geologia Histórica pela Universidade Federal do Ceará, a monografia “Kits da ‘Coleção Didática Fósseis do Araripe’ nas Escolas Públicas do Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha, Ceará”. O curso, patrocinado pela Funcap, foi realizado em parceria com a Universidade Regional do Cariri (Urca).

A pesquisadora explica que em um primeiro momento, foi realizada uma consulta ao escritório do DNPM no Crato para coleta de dados. Posteriormente, foram visitadas as escolas que receberam os kits no Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha, região conhecida como Crajubar e que representa uma parcela significativa da região metropolitana do Cariri.

No Crajubar, 25 escolas receberam os kits do DNPM. Dessas, quinze foram selecionadas para participar da pesquisa, representando 60% do número de escolas que receberam o material na região estudada. Após as visitas e entrevistas com professores e diretores das escolas, Daniela concluiu que na maioria das escolas o material não estava sendo utilizado de acordo com a proposta do DNPM e que, em duas delas, o kit nunca chegou a ser utilizado em sala de aula ou exposto em eventos.

Segundo Daniela, a subutilização do material se deve, em parte, ao despreparo dos professores para trabalhar com material de Paleontologia. Ainda de acordo com a pesquisadora, todos os docentes entrevistados demonstraram interesse em cursos e treinamentos com conteúdos de Paleontologia para que pudessem utilizar melhor o material em suas aulas e em outras atividades escolares.

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