Alunos de escola profissionalizante desenvolvem projeto de aproveitamento de resíduos para produção de compostos orgânicos

3 de outubro de 2011 - 18:29

03/10/2011

A escassez de terrenos disponíveis para eventos sanitários e o aumento substancial dos níveis per capita de resíduos sólidos gerados são circunstâncias que toram a disposição final do lixo um problema. Uma maneira de contorná-lo é transformar os resíduos orgânicos em fertilizantes, utilizando o processo de compostagem, que consiste na união de vários materiais orgânicos que, em processo de fermentação (que pode ser aeróbia ou anaeróbia) sob condições de umidade e temperatura controladas, produzem um composto umificado, com características melhores que as dos materiais utilizados no processo.

Pensando em dar um destino para o lixo produzido pela Escola Estadual de Ensino Profissional Júlia Giffoni, um grupo de cinco alunos da instituição, orientados por um professor, resolveu implementar o processo de compostagem aeróbia (com a decomposição realizada por microorganismos que vivem na presença de oxigênio) para adubação da horta e do jardim da escola.

O projeto “Aproveitamento de resíduos para produção de compostos orgânicos: um estudo de caso” foi apoiado pela Funcap entre os anos de 2010 e 2011, através da concessão de cinco bolsas de iniciação científica júnior no valor de R$100 para os alunos que participaram da iniciativa.

Segundo o coordenador do projeto, o geógrafo Samuel Miranda, a iniciativa foi um sucesso, sendo replicada também em casas da comunidade onde a escola está inserida, no bairro Antônio Bezerra, conseguindo adesão de 70% dos moradores.

Samuel explica que durante o experimento verificou-se que a compostagem, além de ser um excelente instrumento para promoção da educação ambiental, é uma forma barata e prática de aproveitamento de resíduos orgânicos.