Interesse por plantas medicinais é crescente no mundo

21 de janeiro de 2011 - 18:09

Da Agência Funcap

Desde as épocas mais primitivas da humanidade, as pessoas usam plantas no tratamento de diversas doenças. Várias culturas se beneficiam com o uso delas como medicina alternativa. Essas tradições populares de tratamento acabam, muitas vezes, servindo de base para a farmacologia moderna.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% da população mundial já utilizou medicamentos fitoterápicos (obtidos através das plantas) como alternativa para a cura de doenças.

Segundo projeções do Instituto Brasileiro de Plantas Medicinais (IBPM), o mercado de medicamentos fitoterápicos movimenta, em média, 500 milhões de dólares por ano no Brasil. No mundo, estima-se que o gasto com plantas medicinais chegue à cifra de US$ 27 bilhões (em torno de 7% do mercado mundial de medicamentos). Entretanto, enquanto o mercado farmacêutico cresce de 3% a 4% ao ano no mundo, o fitoterápico sobe de 6% a 7%.

Com base no crescente desenvolvimento do segmento de fitoterápicos, ocorre em Fortaleza, no auditório do Sebrae-CE, o Seminário de Plantas Medicinais. O evento será realizado sexta-feira (21), das 14 às 18h, com entrada gratuita.

O Seminário de Plantas Medicinais é uma realização da Inovagro Empreendimentos, empresa incubada no Parque Tecnológico (Partec) da Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará (Nutec). A iniciativa conta com apoio do Banco do Nordeste do Brasil, do Instituto Frutal, Finep, Sebrae e Funcap.

Saiba mais sobre os medicamentos fitoterápicos

O termo fitoterapia vem do grego (phyton – planta; therapia – tratamento) e é utilizado para caracterizar o uso das plantas como medicamento para doenças. A combinação de avanços no estudo da farmacologia das plantas, com a ocorrência de efeitos colaterais de medicamentos convencionais, fez o interesse mundial pela fitoterapia crescer nos últimos 10 anos.

De acordo com o Ministério da Saúde, em torno de 71 plantas são consideradas próprias para fins fitoterápicos. Dentre algumas espécies, constam a Cynara scolymus (alcachofra), Schinus terebenthifolius (aroeira da praia) e a Uncaria tomentosa (unha-de-gato), usadas para distúrbios de digestão, inflamação vaginal e dores articulares, respectivamente. Além dessas, a babosa, guaco, quebra pedra, camomila, espinheira santa e arnica são alguns outros exemplos de plantas medicinais.

Foram selecionadas plantas com potencial para serem utilizadas no combate a inflamações, hipertensão, infecções na garganta, úlceras, aftas, vermes, diarreia, osteoporose, sintomas da menopausa e do diabetes, entre outros problemas de saúde. Entre elas, estão produtos como babosa, usada no combate à caspa e à calvície, camomila (para dermatites), alho (anti- inflamatório), caju (cicatrizante), abacaxi (para secreções), carqueja (para problemas estomacais), pitanga (para diarreia) e soja (para sintomas da menopausa e da osteoporose).

Clique aqui e confira a lista das 71 plantas autorizadas pelo Ministério da Saúde para uso fitoterápico.