Cientistas fazem autópsia de tubarão em público

8 de janeiro de 2009 - 18:21

Qui, 08 de Janeiro de 2009 09:22

Da Agência Funcap

Cientistas do Museu de Auckland, na Nova Zelândia, realizaram em público a autópsia de um tubarão branco de 3 metros de comprimento e 300 kg. De acordo com o museu, a o objetivo da experência é sensibilizar a população em torno das ameaças que a espécie enfrenta e dissipar alguns mitos em torno dela. O animal foi capturado após ter ficado preso acidentalmente em uma rede de pesca e não ter conseguido sobreviver após ser devolvido ao mar.

Os cientistas dissecaram o tubarão em um anfiteatro no Museu de Auckland, examinaram o contéudo do estômago, mediram os órgãos internos e registraram o trabalho para contribuir com pesquisas internacionais sobre tubarões. O local tem capacidade para mil pessoas. Além disso, tudo foi gravado em vídeo e disponibilizado no endereço www.aucklandmuseum.com. A carcaça será conservada pelo museu, que planeja colocar a mandíbula em exposição e usar o tecido e amostras de DNA para pesquisas futures.

O tubarão branco é o maior predador dos oceanos. Pode pesar até duas toneladas e chegar a oito metros de comprimento. Sua dimensão é equivalente à da baleia orca. Uma das suas armas mais poderosas são centenas de sensores elétricos dispostos na parte frontal do corpo, com os quais capta até as batidas cardíacas de um outro animal à distância. Pelo ritmo das pulsações, ele avalia se a vítima potencial está assustada ou tensa, situação em que pode ser dominada mais facilmente. No seu bote, é capaz de projetar a boca para fora da face, aumentando o tamanho da mordida para perto de um metro e meio, quase o suficiente para engolir um homem em pé.

O principal alimento dessa espécie são animais como focas, leões e elefantes marinhos, que têm alto teor de gordura no corpo. Por causa disso, o ser humano não faz parte da sua cadeia alimentar e ataques eventuais acontecem somente por engano.

Os tubarões brancos são espécies protegidas na Austrália e na Nova Zelândia – países onde eles são encontrados com mais freqüência – porque sua população tem diminuído ao longo dos anos. Nesses países, sua execução só é autorizada quando põem vidas humanas em risco.