Brasil é o 19º do mundo na produção de artigos científicos em Matemática e Física

28 de novembro de 2008 - 17:24

Sex, 28 de Novembro de 2008 21:00

Dos 20 países que mais se destacaram na produção de trabalhos científicos em Matemática e Física, o Brasil ficou na 19ª colocação para ambas as ciências.

Fonte: Agência Funcap

Dos 20 países que mais se destacaram na produção de trabalhos científicos em Matemática e Física, o Brasil ficou na 19ª colocação para ambas as ciências. A colocação foi estabelecida no ranking da última atualização do Essencial Science Indicators, uma compilação de estatísticas de desempenho em ciência e produção científica baseada no número de publicações de artigos e citações em periódicos, sendo esta última o fator determinante na classificação. A instituição tomo como base para o estudo o banco de dados Thomson Scientific, uma fonte de informações que é referência mundial para o meio acadêmico, empresas e comunidades de P&D.

No ranking de Física, foi considerada a produção de 87 países e o período de 1997 a 2007. Com um total de 19.956 trabalhos publicados e 121.789 citações, o Brasil ficou à frente da Áustria e uma posição atrás da Austrália. Já no de Matemática, o ranking envolve 83 países e a produção de 1998 a 30 de junho de 2008. Com 3.744 trabalhos publicados e 9.263 citações, o país ficou entre a Coréia do Sul (18ª) e Taiwan (20ª).

O Brasil é o único país da América Latina presente nas duas listas, que têm os Estados Unidos como primeiro colocado em ambas. Entre as nações “emergentes” que formam o bloco conhecido como Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), ele ficou na última colocação. No ranking de Física, a melhor colocada foi a Rússia. E no de matemática, o destaque maior ficou para a China.

Uma observação interessante que o exame desses quadros revela é que, de uma maneira geral, e mais acentuadamente no caso da Física, os países emergentes, incluindo-se aí também a Coréia de Sul, têm taxas de citação por artigo sistematicamente menores que as dos países centrais. O fato pode receber duas interpretações. Uma imediata, normalmente assumida, seria a de que esses países produzem artigos científicos, em média, de menor qualidade e interesse. A outra, mais verossímil, seria admitir-se um viés cultural, um preço adicional a pagar pela localização periférica na geografia do conhecimento, que tende a seguir de perto a econômica, conferindo aos trabalhos dos países centrais maior visibilidade.