Cientista Chefe de Justiça

 

 

Pesquisador responsável – Vasco Furtado

Atualmente é coordenador do Laboratório de Ciências dos Dados e Inteligência Artificial da Universidade de Fortaleza (Unifor), onde leciona há mais de 30 anos. Fez seu doutorado na Universidade de Aix-Marseille III, França, e pós-doutorado no Laboratório de Sistemas de Conhecimento em Stanford, Califórnia, EUA. Já escreveu mais de 150 artigos científicos em Computação com ênfase em Inteligência Artificial, atuando principalmente nos seguintes temas: simulação multiagente, web semântica, aprendizagem automática e mineração de dados. Tem aplicado suas pesquisas na área de Segurança Pública, Justiça e Cidades Inteligentes. Além da experiência acadêmica, tem larga experiência no setor público onde é analista de negócios da Empresa de Tecnologia da Informação do Estado do Ceará. Atuou como diretor de tecnologia da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Ceará (1997-2004) e, mais recentemente, (2013-2016), como vice-presidente e depois presidente da Fundação de Ciência, Tecnologia e Inovação de Fortaleza (Citinova). Foi secretário adjunto de planejamento, orçamento e gestão da Prefeitura de Fortaleza (2017-2018).

Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/3865660008588988

 

 

 

Órgão beneficiado: Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJ-CE)

 

 

 Ciência de dados e inteligência artificial no MPCE para identificação de indícios de conduta criminosa e apoio às atividades processuais (Projeto 1)

O Ceará tem vivenciado, nos últimos anos, um grande aumento do crime organizado, fenômeno evidenciado pelo registro de ataques terroristas como forma de reação de facções criminosas a medidas tomadas pelo poder público para combate ao crime organizado (como a adoção de mais rigor contra entrada de celulares nos presídios e a falta de separação de detentos em presídios por facções). Especialistas julgam que as medidas são insuficientes para combater as facções que dominam o crime organizado no Ceará.

 

Objetivos

– Identificar as bases de dados públicas e de acesso restrito do MPCE relevantes para a identificação de condutas criminosas e para automação das peças processuais;

 

– Apoiar nas tarefas de integração de bases de dados de forma a possibilitar a extração e visualização de informações de forma simples e intuitiva;

 

– Selecionar dados relevantes para identificação de condutas criminosas e automação de peças processuais;

 

– Utilizar dados de processos envolvendo condutas criminosas confirmadas para aplicar técnicas de aprendizado de máquina supervisionado com o intuito de identificar perfis de pessoas, processos e empresas com potencial de participação em ações criminosas;

 

– Utilizar técnicas de aprendizado de máquina não supervisionado para identificar atividades, comportamentos e processos com alta probabilidade de serem associados a condutas criminosas;

 

– Empregar modelos de redes complexas para identificar e coibir atividades de organizações criminosas;

 

– Possibilitar a visualização dos resultados obtidos a partir de técnicas de aprendizado de máquina e modelos de redes complexas na forma de indicadores, gráficos, tabelas e redes para facilitar a identificação, análise e monitoramento das relações entre os diferentes atores criminosos.

 

Ciência de dados e inteligência artificial para produtividade na prestação jurisdicional de 1º e 2º Graus (Projeto 2)

A inteligência artificial tem sido um instrumental cada vez mais útil na avaliação de como elementos procedimentais cruciais ao devido processo legal são aplicados. Ela afeta diretamente a compreensão tanto do processo judicial e quanto do procedimento legal conferindo aos tribunais e à sociedade meios de perceber como o direito a um julgamento justo se opera com maior ou menor eficácia. Nesse sentido, é possível expor questões e propor soluções adequadas para realização da justiça. A IA se torna, pois, um dos dispositivos mais reveladores para avaliar a prestação jurisdicional, sua eficácia e seus gargalos de congestionamento. Essas novas ferramentas de direito processual poderão trazer contribuições relevantes na garantia da realização da justiça em sua dimensão processual e material.

 

Objetivos

– Explorar grandes volumes de documentos do poder judiciário com o intuito de extrair informações úteis para apoiar as atividades judiciárias;

 

– Desenvolver algoritmos para higienizar as bases de dados, permitindo que as mesmas sejam analisadas por qualquer analista, impossibilitando assim que impurezas produzidas no processo de coleta desses dados venham comprometer decisões estratégicas;

 

– Produzir dashboards a partir dos dados higienizados, permitindo a interpretação dos mesmos em painéis de visualização disponíveis em tempo real.